Animais domésticos são acometidos por uma série de patologias, algumas mais graves do que outras. Em todos os casos, o contato próximo com tutores permite que sinais sejam observados, especialmente quando eles se apresentam de maneira visualmente identificável.
Nem sempre essa lógica pode ser aplicada para outros animais. Este é o caso dos cavalos, que podem ser acometidos por uma variada gama de patologias. Profissionais que desejam atuar nesta área da veterinária precisam entender o que é babesiose em equinos e como diagnosticá-la para oferecer o melhor tratamento ao paciente.
Considerando tudo isso, nesse texto nós vamos abordar essa doença, nos aprofundando no que ela é, como é contraída pelos cavalos, quais são os principais sintomas apresentados, como o diagnóstico é feito e quais são as possibilidades de cuidados.
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Entenda o que é babesiose em equinos
Ela se apresenta com diferentes nomes, os principais são: babesiose equina (o qual nós vamos utilizar no decorrer desse texto), piroplasmose e nutaliose. Independentemente de como é chamada, a patologia causa danos aos animais.
Trata-se de uma doença frequente no Brasil, considerando-se o clima propício à proliferação do maior vetor responsável por transmiti-la aos cavalos: os carrapatos! Dessa forma, os profissionais da veterinária devem estar atentos à sua presença em equinos.
Quando a patologia se desenvolve no organismo do animal e não é tratada adequadamente, o óbito acaba sendo a consequência.
Como a babesiose equina é contraída?
Ela é causada por um grupo de protozoários hemoparasitas que recebem os nomes de Babesia equi e Babesia caballi. Esses agentes etiológicos chegam ao organismo de um cavalo por meio dos carrapatos, os quais atuam como seus vetores de transmissão.
A partir da presença dos protozoários nos carrapatos, eles alcançam os cavalos. Por meio de sua picada, então, o parasita chega até a circulação sanguínea do equino, causando a transmissão da doença. Essa é, disparada, a forma mais frequente de se contrair babesiose.
Outra maneira menos frequente, mas ainda presente, é o contato direto com animais infectados, mas assintomáticos. Ou seja: um cavalo saudável que fique próximo de outro com a babesiose equina, tem chances de ser contaminado, seja por meio dos carrapatos ou sem eles.
Principais sinais da bebiose equina
Uma maneira de entender melhor o que é babesiose em equinos é saber que um cavalo não apresentará os sintomas de imediato. Na verdade, os sintomas costumam aparecer somente após os primeiros 5 dias, com casos em que a manifestação só ocorre depois de um mês. Antes disso, o animal infectado é assintomático.
Finalizado o período de incubação, o primeiro sinal da doença é o aumento da temperatura do corpo do cavalo. A partir daí, diversos outros sintomas podem aparecer, dependendo de cada organismo afetado.
Anemia, anorexia, aumento do tamanho do fígado, cansaço, desconforto abdominal, falta de apetite, febre, inchaço nas extremidades, incoordenação motora, lacrimejamento, mucosa e peles amareladas, sangue na urina e secreção nasal são características comuns da doença.
Além disso, os cavalos irão apresentar baixas taxas de anticorpos, o que pode levar ao aparecimento de outras patologias.
A anemia hemolítica pode acontecer, bem como infecções no útero das éguas, levando a abortos ou nascimentos de potros natimortos.
Diagnóstico da doença
O diagnóstico e o tratamento ficam mais claros depois que você entende o que é babesiose em equinos e, por isso, eles dependem do momento da detecção da doença e do quadro clínico geral do cavalo. A partir da identificação da patologia e da condição de saúde do equino, diferentes soluções podem ser apresentadas pelos veterinários.
Como você viu acima, os sintomas são variados, o que dificulta o diagnóstico. Por conta disso, animais levados aos cuidados de um profissional da veterinária devem ser submetidos a exames de sangue, considerando os sinais clínicos apresentados.
Por meio do hemograma, avaliam-se aspectos como contagem de eritrócitos, hematócritos e diferencial de leucócitos. Somado a ele, outros exames recomendados são a Reação de Cadeia em Polimerase (PCR) e a pesquisa de protozoários no sangue do cavalo doente.
Tratamento da babesiose e sua prevenção
Após entender o que é babesiose em equinos, a partir do diagnóstico, tratamentos com antiprotozoários e vitaminas do complexo B12 podem ser iniciados. Essa segunda opção, em especial, impulsiona a produção de hemácias, necessárias para o retorno do bom funcionamento do organismo de um cavalo afetado.
Se identificada no início, a babesiose equina não é uma sentença de morte para o animal. Na verdade, as chances de sobrevivência são bastante altas. Considerando tudo isso, o tratamento correto depende do diagnóstico, de modo que este tem vital importância.
Por fim, é necessário que os donos de cavalos se preocupem com a prevenção da doença, o que pode ser instruído pelos profissionais da veterinária. A maneira mais eficaz é com a erradicação do carrapato, o que exige a correta manutenção da higiene dos cavalos e dos locais em que ele fica.
Acima apresentamos vários detalhes sobre babesiose em equinos. Este é um conteúdo com caráter informativo para ajudá-lo a entender o tema. Acompanhe também o nosso perfil no Instagram e receba diversas novidades.
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