Qualquer tipo de procedimento clínico ou cirúrgico exige a utilização de algumas técnicas médicas aprendidas durante os anos de formação profissional. Isso é verdade tanto para os profissionais da medicina que tratam de humanos, quanto para aqueles da área veterinária.
Algumas técnicas, inclusive, são compartilhadas entre os dois tipos de medicina. As maneiras como são realizadas variam, é claro, mas os princípios acabam sendo os mesmos, como são os casos da sutura.
Para atuar na emergência clínica é necessário conhecer bem quais são os tipos de sutura veterinária para, em cada caso, avaliar qual será o melhor procedimento a ser adotado. Como este é um assunto que gera muitas dúvidas, abaixo reunimos uma série de informações. Leia com atenção!
O que é uma sutura?
Por diferentes motivos, pode ser necessário que seja feito algum tipo de incisão em um organismo vivo. Cirurgia, por exemplo, requer que o médico obtenha acesso às partes internas do corpo de um animal, o que é feito através de um corte na pele.
Isso sem falar nos acidentes, em que os cortes são feitos antes de se chegar ao consultório. Em ambos os casos, a situação é similar: a região interna está aberta. Para evitar toda ordem de complicações médicas para os animais, é necessário que as incisões sejam fechadas.
Esse fechamento é chamado de sutura. Nela, une-se duas beiradas e fecha-se o ferimento, a fim de permitir uma posterior cicatrização. Apesar do processo ser recorrente para os profissionais da veterinária, não existe uma maneira única e universal de realizá-lo.
Quais são as funções da sutura?
Falaremos ainda sobre quais são os tipos de sutura veterinária, mas é necessário entender a sua principal função: permitir que um ferimento (seja ele a consequência de uma cirurgia ou causado por um acidente) seja fechado e possa haver a cicatrização do organismo. O procedimento existe para evitar infecções causadas por elementos externos.
Embora suturas superficiais (aquelas em que o corte está apenas na camada mais exterior da pele) sejam mais frequentes, elas também podem ser profundas e envolver a ligação de músculos, vasos sanguíneos, tendões e outros tecidos do corpo de um animal.
Nos casos em que ela é mais profunda, existe também a preocupação em oferecer qualidade de vida ao animal após a cicatrização. Uma sutura de músculos mal feita, por exemplo, pode causar complicações vitalícias na saúde do animal que a sofreu.
Conheça quais são os tipos de sutura veterinária
Como citado anteriormente, as suturas no contexto veterinário existem em diferentes formas, das mais superficiais até as mais profundas. Embora os objetivos da sua realização sejam parecidos, as especificidades de como realizá-las mudam de caso a caso.
Além disso, uma mesma situação de sutura (aquela feita na pele, por exemplo) pode ser realizada de diferentes formas, de acordo com a técnica aplicada pelo profissional. Assim como em outros momentos, a escolha do melhor procedimento leva em consideração diversos fatores.
Dentre os principais tipos de sutura estão:
- Nó simples;
- Sutura interrompida simples;
- Sutura contínua simples;
- Sutura intradérmica (ou subcutânea);
- Ponto chinês;
- Laceração de couro cabeludo;
- Sutura horizontal em “U”.
Naturalmente, elas variam em técnica e propósito. Abaixo detalharemos melhor cada uma!
Sutura na pele
Esta técnica é a mais simples de todas por ser a mais superficial. Para a sua realização, podem ser usados os tipos de sutura interrompida simples, contínua simples ou intradérmica. O fio utilizado nela não é absorvível pelo organismo do animal.
Sutura em tecido subcutâneo
Tecido subcutâneo é o nome dado para a camada adiposa (de gordura) que fica abaixo da pele. Ela é um pouco mais complexa que o tipo anterior de sutura, mas mais simples que os posteriores. Utiliza-se a técnica de pontos simples, com fio absorvível em tempo médio ou longo.
Sutura em musculatura
Aumentando em nível de complexidade, a sutura em musculatura é aquela em que os cortes atingem os músculos do animal. Deve-se usar pontos simples ou a sutura horizontal em “U”, também com fio absorvível pelo corpo em médio ou longo período de tempo.
Sutura em aponeurose
A mais complexa dos quatro tipos de sutura veterinária descritos aqui, ela alcança a aponeurose (nome dado à membrana que envolve os músculos). Recomenda-se o uso de pontos simples e o fio utilizado deve não ser absorvível ou absorvível somente após um período de tempo longo.
Por último, é importante dizer que uma série de cuidados devem ser tomados na hora de realizar uma sutura, independentemente da complexidade dela. Mesmo as mais simples podem ter consequências desastrosas e levar o animal ao óbito, se realizadas de maneira incorreta.
Entender bem quais são os tipos de sutura veterinária, saber quando e como utilizar cada técnica são alguns dos conhecimentos adquiridos pelos profissionais da medicina veterinária durante seus anos de estudos, devendo ser aplicados diligentemente durante a atuação clínica ou cirúrgica.
Com a correta aplicação de técnicas médicas, a sutura permite que o organismo do animal se recupere plenamente e que ele obtenha maior qualidade de vida. Os resultados estéticos variam, mas as cicatrizes são apenas uma consequência saudável do processo.
Aqui no Centro de Desenvolvimento da Medicina Veterinária (CDMV) investimos muito em nossa equipe de professores para levar aos estudantes as melhores opções de cursos de atualização e especialização. Sempre apresentamos novas opções de pós-graduação para que você seja destaque em seu setor de atuação.
Além disso, investimos sempre na produção de conteúdos que sirvam de consulta e apoio para estudantes e profissionais da área. Depois de conhecer aqui quais são os tipos de sutura veterinária, aproveite para ler também sobre:
Conheça o ciclo estral da égua
Siga agora o CDMV no Instagram e fique por dentro das nossas novidades!
