Infecções respiratórias são um problema frequente em gato, muitas vezes levando ao óbito. Dentre as patologias associadas, a rinotraqueíte felina representa cerca de 63% dos casos que chegam às clínicas e hospitais.
Considerando esses números, é importante que médicos veterinários compreendam bem o que é rinotraqueíte felina, os fatores de riscos e possíveis tratamentos para oferecer os melhores cuidados aos animais. Esta é uma doença complexa e traz diversas complicações para a saúde do gato, o que a torna um desafio para os profissionais da área.
O nome completo da patologia é “rinotraqueíte viral felina”, destacando a sua origem viral. A doença é transmissível e afeta o trato respiratório superior dos gatos, sendo causada pelo herpesvirus felino (HVF-1). Ela acomete tanto os animais domésticos quanto os selvagens.
Nesse texto, vamos falar tudo sobre a condição, incluindo os principais sintomas apresentados pelos felinos, como é feito o diagnóstico, quais são as causas e fatores de risco, métodos de prevenção e tratamentos disponíveis para os gatos acometidos da patologia.
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Entenda o que é rinotraqueíte felina
A rinotraqueíte apresenta sintomas similares aos de um resfriado e é comum que seja confundida por tutores como uma gripe felina. Cabe ao profissional da veterinária fazer o correto diagnóstico para preservar a vida dos animais.
A patologia pode surgir por ação de vírus como Herpesvírus felino e Calicivírus felino e costuma aparecer nos meses mais frios do ano.
O animal pode ser contaminado por um gato infectado por meio de fluídos como saliva, corrimento nasal ou ocular. Seu caráter viral exige o máximo de atenção dos tutores, já que os felinos adoram se lamber.
Durante as consultas de rotina, o veterinário deve orientar os tutores sobre este tipo de doença, os sinais que devem ser analisados e a busca por tratamento. Desta forma, eles terão consciência da gravidade do assunto.
Quais são os sintomas de rinotraqueíte?
Após entender o que é rinotraqueíte felina, é importante reforçar que os sintomas desta patologia começam semelhantes aos da gripe humana comum, com espirros frequentes, secreção no nariz (rinite) e eventual febre. Esse último sintoma, em especial, pode se agravar rapidamente, levando à problemas subsequentes, o que demanda atenção dos tutores.
Olhos inchados, salivação excessiva, perda de apetite, apatia, dificuldade de respiração e inflamações na boca e nas córneas também se mostram presentes em gatos doentes, especialmente em situações mais graves. O avanço da doença facilita o diagnóstico, mas piora o prognóstico.
Embora a rinotraqueíte felina possa acometer qualquer gato, a gravidade dos sintomas irá variar de acordo com o sistema imunológico do felino. Como consequência, os idosos ou filhotes estão mais suscetíveis a apresentar quadros mais graves da doença.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico clínico da rinotraqueíte felina é feito por meio da anamnese com o tutor, com objetivo de descobrir o histórico de saúde do gato e os sintomas apresentados. Em seguida, o profissional observa o trato respiratório superior do animal em busca das características.
Embora o diagnóstico tenha costume de ser imediato, o médico veterinário que tem o conhecimento sobre o que é rinotraqueíte felina entende a sua gravidade e pode pedir exames a fim de identificar consequências secundárias dos sintomas e a complexidade do quadro.
Quanto antes a ajuda veterinária for buscada, melhores são as perspectivas para a saúde do animal.
Quais são as causas?
Como citado anteriormente, a rinotraqueíte felina é majoritariamente causada pelo herpesvirus felino (HVF-1). Calicivírus felino e Chlamydophila felis também podem provocar o aparecimento da patologia, mas eles são consideravelmente menos frequentes.
Por ser uma doença transmissível, o contágio se dá por meio do contato com outros animais infectados. É importante notar que, apesar da transmissão entre gatos, a doença não afeta humanos, o que torna o contato entre tutor e felino perfeitamente seguro para a pessoa.
Quais são os fatores de risco?
Como mencionado anteriormente, o principal fator de risco é o sistema imunológico sensível de um felino. Se o organismo do animal tiver baixa capacidade de se defender de infecções externas, as chances da doença se desenvolver de maneira grave se tornam maiores.
Além disso, o contato com outros felinos também apresenta riscos, especialmente se estes forem desconhecidos. O período de incubação assintomático dificulta a identificação dos primeiros sintomas da rinotraqueíte, o que por sua vez permite que mais animais sejam infectados.
Quais são os tratamentos?
É válido repetir que quanto antes um animal com suspeita da patologia for levado ao veterinário, maiores (e melhores) são as possibilidades de tratamento. Em todo caso, os cuidados médicos variam, sendo direcionados aos sintomas apresentados pelo gato.
O tratamento com antibióticos de amplo espectro e remédios anti-histamínicos costumam ser prescritos a fim de aliviar os sintomas mais frequentes no nariz e nos olhos. O cuidado com as secreções também é importante, buscando desobstruir as vias respiratórias e a visão.
Casos mais graves podem exigir outros tratamentos a depender da condição do animal. Os principais cuidados costumam ser feitos em casa, por parte do tutor, o que reforça a importância do veterinário explicar o que é rinotraqueíte felina e orientar sobre os sintomas que podem aparecer.
Durante o tratamento, o profissional deve destacar a necessidade de administrar os medicamentos nos períodos corretos, garantir a ingestão de líquidos e permitir o descanso do animal. A soma destas ações vai colaborar para a rápida recuperação do gato.
Como é feita a prevenção da rinotraqueíte?
Assim como em humanos, a mais importante forma de prevenção contra doenças respiratórias em gatos é a vacinação. A proteção contra o principal vírus causador da rinotraqueíte felina faz parte do esquema facial obrigatório e pode ser administrada a partir dos 45 dias de vida do animal.
A vacina para o Herpesvírus felino não elimina as chances de contágio, então é possível ser vacinado e ser acometido pela patologia. Apesar disso, gatos com a proteção em dia apresentam sintomas mais leves, os quais não agravam seu quadro de saúde.
Para os veterinários, cabe a atenção aos sintomas relatados pelos tutores e a observação das características físicas da doença. A partir daí, a indicação dos melhores tratamentos para os sintomas, de acordo com o quadro geral, irá garantir a melhoria da saúde do animal.
Acima você pode compreender melhor o que é rinotraqueíte felina. Este foi um conteúdo elaborado pela redação do CDMV. Aqui no Centro de Desenvolvimento da Medicina Veterinária (CDMV) temos uma grande preocupação com o seu aprendizado.
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