Também conhecida pela sigla FeLV, do inglês “Feline Leukemia Virus”, nome que ajuda a explicar algumas coisas sobre a doença, essa é uma patologia silenciosa e devastadora que afeta gatos domésticos e outros tipos de felinos.
Devido a sua gravidade, é muito importante saber como diagnosticar a leucemia viral felina a fim de providenciar o melhor tratamento o quanto antes.
Por sua prevalência, ela é uma das principais e mais importantes doenças infecciosas da medicina veterinária. De todos os felinos acometidos por ela, cerca de 1/3 apresenta o que é chamado de “infecção permanente”, sofrendo suas consequências.
Apesar da gravidade, demonstrada pelo fato de que a presença da patologia causa o enfraquecimento do sistema imunológico do animal, a leucemia viral felina não é transmissível para humanos, cachorros e outras espécies.
Nesse texto nós vamos falar um pouco sobre a patologia, quais são os sintomas apresentados pelos gatos doentes, suas causas e maneiras de transmissão, bem como conhecer melhor os tratamentos, possíveis prevenções e, especialmente, como é feito o diagnóstico.
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O que é a leucemia viral felina?
Para saber como diagnosticar a leucemia viral felina, antes é preciso entender mais sobre essa patologia.
Ela afeta o sistema imunológico dos gatos, o que é refletido nos sintomas, que incluem: apatia, cicatrização lenta, desnutrição, dificuldade em respirar, febre, gengivite, lesões na pele e perda de apetite.
Embora seja uma doença completamente diferente, a leucemia viral felina apresenta sintomas semelhantes aos que ocorrem em humanos, variando de acordo com a saúde do organismo. Na maioria dos casos, doenças associadas costumam ser desenvolvidas.
Além disso, ela facilita o aparecimento de infecções bacterianas e alguns tipos de tumores, como o linfoma. Também podem estar presentes desordens reprodutivas, doenças hematológicas, imunossupressão e neoplasias. Tudo isso piora a saúde geral do felino.
Em suma, a doença é a porta de entrada para uma série de patologias degenerativas. Como consequência, ela tem um prognóstico bastante negativo, especialmente quando não é identificada de maneira precoce.
Daí a importância de saber como diagnosticar a leucemia viral felina de forma correta, que abordaremos um pouco abaixo.
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Quais são as causas da leucemia viral felina?
De acordo com o que o seu nome sugere, esse tipo de leucemia é causado por um vírus, o FeLV. Ela é uma doença transmissível e altamente contagiosa, embora, como citado previamente, humanos e cães não estejam suscetíveis. Outros gatos, porém, correm riscos.
A transmissão acontece, principalmente, por meio da saliva, por onde o vírus é excretado em abundância. Na prática, a contaminação pode ser vista quando um gato infectado lambe outros ou compartilha bebedouros e comedouros, onde existe a presença natural da saliva.
Embora menos frequente, os espirros, por serem secreções corporais, também podem carregar o vírus. Tudo isso deve ser levado em consideração ao avaliar os sintomas corretamente.
Outra maneira pouco convencional de transmissão é o parto. Se a fêmea está infectada com o vírus, ela irá passá-lo aos filhotes, os quais estão mais suscetíveis.
Apesar de afetar gatos de qualquer idade, os mais jovens são mais sensíveis. Essa informação é especialmente importante porque, em boa parte dos casos, a presença da leucemia viral felina não apresenta sinais, o que facilita a sua transmissão entre os bichos.
Como diagnosticar a leucemia viral felina?
Infelizmente, a leucemia viral felina não tem cura. Tratamentos são possíveis (como vamos falar durante este tópico), mas o animal viverá para sempre com esta condição. Dessa forma, é muito importante que exista um diagnóstico precoce, antes do desenvolvimento da doença.
Considerando o fato de que os animais infectados podem não apresentar nenhum sintoma, a iniciativa de identificar a sua possível presença deve partir dos médicos veterinários. Quando diagnosticada de maneira tardia, a patologia pode não ter tratamento.
Sintomas como anorexia, depressão e perda de peso são frequentemente relatados, mas existe um problema: eles não são exclusivos dessa doença. Dessa forma, é preciso que os veterinários estejam atentos e peçam exames para diagnosticá-la.
Exames laboratoriais são uma excelente forma de diagnosticar a leucemia viral felina. Dentre eles, o principal é o exame de sangue. Além disso, o veterinário deve buscar sinais como anormalidades no baço, fígado, olhos e rins, efusão pleural e mucosas anêmicas. O tempo é o pior inimigo.
Existem tratamentos para a leucemia viral felina?
Apesar de ser uma doença incurável, tratamentos são possíveis. Mais do que isso, eles são indispensáveis, já que patologias desenvolvidas a partir da fraqueza do sistema imunológico do gato podem agravar a condição de saúde e levá-lo ao óbito.
Tratamentos paliativos incluem a recomendação do uso de antimicrobianos, antifúngicos e anti-inflamatórios, a depender do grau de desenvolvimento da doença. Patologias desenvolvidas a partir do sistema imunológico fraco são tratadas caso a caso.
De toda forma, após entender como diagnosticar a leucemia viral felina, o maior foco deve ser na prevenção à disseminação e contaminação pelo vírus. Medidas dessa natureza incluem não deixar que o gato passeie fora de casa e, especialmente, a manutenção de uma carteira de vacinas completa, o que irá protegê-lo.
Quando a doença é identificada, a fim de garantir que ela não se espalhe, o animal deve ficar isolado de outros gatos. Se o contato existir, estes felinos também devem ser testados. Por fim, aqueles que já estejam infectados não se beneficiam da vacinação contra a doença.
Acima você pode compreender melhor como diagnosticar a leucemia viral felinas. Este foi um conteúdo elaborado pela redação do CDMV. Aqui no Centro de Desenvolvimento da Medicina Veterinária (CDMV) temos uma grande preocupação com o seu aprendizado. Por isso, sempre investimos em novos cursos de especialização e de pós-graduação com uma metodologia exclusiva e inovadora.