Saiba porque o problema acontece e o melhor tratamento para essa patologia
Esse é um dos problemas mais comuns nos animais, principalmente nos pets. Diariamente, ortopedistas veterinários lidam com essa lesão nos hospitais e clínicas de todo o país, sendo esta uma das diversas possibilidades de atuação para os formados na área. Para te ajudar, vamos detalhar aqui como é o tratamento para luxação de patela em cães.
Apesar de corriqueira, a luxação patelar é grave e pode prejudicar o pet e exige do tutor uma observação contínua O mesmo acontecerá com o veterinário, durante as consultas de rotina, em que o profissional deverá observar qualquer sinal de alteração no comportamento do animal.
Aqui no Centro de Desenvolvimento da Medicina Veterinária (CDMV) temos uma preocupação com a atualização e especialização dos profissionais da área. Sempre apresentamos novos cursos e treinamentos para que você seja destaque em seu setor de atuação.
Além de explicar detalhes sobre o tratamento para luxação de patela em cães, nós também já mostramos aqui quais são as áreas de atuação do médico veterinário.
Está sem tempo? Vá direto ao tópico:
- O que é luxação patelar?
- Em quais raças a lesão mais acontece
- Sintomas mais comuns da luxação patelar
- Quais são os graus da luxação patelar?
- Qual o melhor tratamento de cachorros com luxação patelar?
- Cuidados no pós-operatório
O que é luxação patelar?
A princípio, precisamos saber o que é a patela (antes conhecida como rótula) – trata-se de um osso do joelho que tem um alinhamento correto com o músculo do quadríceps. Já a luxação patelar é uma patologia de ordem ortopédica, que ocorre quando há o desencaixe das articulações da região do joelho, causando dor e perda significativa da mobilidade.
Essa doença pode ser congênita, ou seja, de origem genética, ou desenvolvida em função de um trauma (queda ou atropelamento, por exemplo). Esse tipo de lesão pode se manifestar em 4 níveis de gravidade e outras complicações podem se desenvolver, como a artrose, por exemplo.
Quais raças sofrem mais com luxação de patela
A luxação patelar em cães pode ser medial ou lateral: as mediais são mais comuns em raças de micro, toy ou pequeno porte. Já as luxações laterais ocorrem em cachorros de médio e grande porte, sendo bem menos frequentes.
Algumas das consequências da luxação patelar medial são: torção lateral da porção distal do fêmur, deslocamento medial do grupo muscular do quadríceps, instabilidade rotacional da articulação do joelho, deformidade tibial, arqueamento lateral do terço distal do fêmur e displasia da epífise femoral.
No caso dos cachorros, as raças mais acometidas por luxação de patela são:
- Poodle;
- Yorkshire;
- Dachshund;
- Pequinês;
- Lhasa Apso;
- Chihuahua;
- Lulu da Pomerânia;
- Pug;
- Bichon Frisé.
Em cães de grande porte, o peso é a causa determinante para que a doença se desenvolva. Logo, a luxação patelar é mais frequente nas raças:
- Cocker Spaniel;
- Labrador Retriever;
- Bulldog Inglês;
- Golden Retriever.
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Sintomas mais comuns da luxação patelar
Antes de decidir por um tratamento para luxação de patela em cães, o veterinário costuma observar alguns sinais. Os sintomas mais comuns são progressivos e variam de acordo com o grau da lesão.
No primeiro grau, por exemplo, os animais podem mancar quando a rótula sai do lugar. No entanto, a cada três passos, dão um “chute” para trás, ação que consegue corrigir o desconforto, e a dor não é tão presente.
No segundo grau, a patela se desloca com mais frequência e acontece uma rotação externa da pata ao caminhar. O cão caminha mancando, podendo causar incapacitação. No terceiro grau, o animal manca e apresenta dor moderada, porém, persistente.
No quarto e último grau, o cachorro manca o tempo todo em razão da rotação da pata. Isso pode causar dor extrema, impedindo-o de realizar alguns movimentos, como subir escadas ou pular no sofá.
Lembrando que todo animal que manca da pata traseira deve ser levado ao veterinário para que seja investigado o motivo da lesão.
Quais são os graus da luxação patelar?
Como foi mencionado acima, a luxação patelar em cães é dividida em graus, tendo 4 níveis de gravidade:
Grau I
Nesta fase, a patela pode sofrer uma luxação “ativa”, quando a articulação é mantida em completa extensão – não acontece crepitação ou deformidade óssea e não há sinais clínicos.
Grau II
Ocorre a luxação espontânea, mas não permanente: o animal dá um ganido e flexiona o membro e, após alguns passos, consegue recolocar a patela no local, fazendo um movimento parecido com uma câimbra. Neste caso, há desenvolvimento de deformidades ósseas e rotação da tíbia.
Grau III
A patela está em luxação permanente, podendo ser reduzida manualmente e podem ter deformidades ósseas mais graves. Normalmente o cão apresenta um andar normal “agachado”, com rotação de membro.
Como opção de tratamento para luxação de patela em cães, todos os casos classificados como grau III devem ser indicados para cirurgia antes que evoluam para o nível IV.
Grau IV
A tíbia sofre rotação de 60 a 90 graus com deformidades ósseas e ligamentares graves. Neste caso, as cirurgias corretivas são indispensáveis e também complexas, afinal, as alterações musculares são graves.
Qual é o melhor tratamento para luxação de patela em cães?
A única alternativa de tratamento do problema é a cirurgia patelar – neste caso, a patela é colocada em seu lugar, permitindo que o animal recupere seu apoio e mobilidade.
Para os casos classificados como grau 1 e em animais idosos assintomáticos, o tratamento para luxação de patela em cães é possível com analgésicos. Quando há sintomas e dor evidentes em cães jovens e adultos, o indicado é a cirurgia.
Uma das técnicas também desenvolvidas é a Transposição de Tuberosidade Tibial, conhecida como TTT – um procedimento cirúrgico indicado para cães que apresentam grau III ou IV de luxação patelar.
Cuidado no pós-operatório
As maiores complicações dessa lesão podem ocorrer no pós-operatório, já que alguns animais podem ser muito ativos e têm dificuldade de se manter em repouso, que dura em média de 20 a 30 dias – além disso, o descanso também é indicado em casos de grau 1 e 2.
A fisioterapia é uma opção de tratamento para luxação de patela em cães, já que auxilia na recuperação desse problema. Ela pode ajudar a diminuir a progressão da lesão, adiando ou evitando o procedimento cirúrgico.
Nos casos em que a cirurgia foi realizada, algumas sessões de fisioterapia pós-operatória é uma das principais indicações.
Esse tratamento pode ser iniciado logo nas primeiras horas do pós-operatório e continuado até o animal estar mais próximo do normal ou tendo sua recuperação total. Depois de recuperado, a tendência é que o cachorro tenha uma vida normal, sem mancar ou sentir dores, sendo necessária apenas visitas de rotina ao veterinário.
Portanto, agora que você já tem conhecimento sobre o tratamento para luxação de patela em cães, essa é uma área que é considerada para a sua carreira profissional? Conheça as opções de cursos de atualização e de pós-graduação disponíveis aqui no CDMV que podem te impulsionar nesse objetivo.
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