Exames relacionados ao coração são tão importantes na medicina humana quanto na veterinária. Na verdade, é possível dizer que eles ganham um prestígio ainda maior nesta última, considerando que os pacientes não são capazes de relatar seus próprios sintomas.
E devido a toda essa importância, saber quando usar o ecodopplercardiograma veterinário é algo crucial aos profissionais que desejam se especializar nesta área.
Isso porque, embora o eletrocardiograma seja o exame mais conhecido, ele fornece informações limitadas, especialmente quando existe suspeita de doenças relacionadas ao coração. Para auxiliar o especialista em seu diagnóstico, surgem outras técnicas, dentre as quais se destaca o ecodopplercardiograma.
Realizado em clínicas e hospitais veterinários, este exame entrega informações detalhadas imprescindíveis. Diante deste cenário, nesse texto nós vamos explicar sobre o que ele é, como funciona, quais são suas principais técnicas e em quais momentos ele é indicado.
O que é o exame de ecodopplercardiograma veterinário?
O ecodopplercardiograma faz parte de um grupo de testes de ultrassom relacionados com a avaliação das atividades elétricas do coração. Apesar de cumprir uma função semelhante ao ecocardiograma, ele entrega resultados úteis para outras situações.
Os dados são obtidos por meio de ondas sonoras refletidas, permitindo a visualização de imagens cardíacas complexas. A partir delas, é possível que os médicos veterinários façam análises das funções do coração, de acordo com os resultados apresentados no exame clínico.
Por se tratar de um exame de imagem avançado, ele é amplamente usado pelos profissionais, porém é importante saber quando usar o ecodopplercardiograma veterinário a fim de não realizá-lo de forma errada.
Com a ajuda do ultrassom, animais de pequeno porte podem ter diagnósticos facilitados, o que possibilita posteriores tratamentos, de acordo com a doença.
Apesar de as cardiopatias serem frequentes no cotidiano dos veterinários, nem todos os profissionais compreendem a importância da realização do ecodopplercardiograma. Dessa forma, a capacitação se torna indispensável, começando pelos conhecimentos básicos.
Como funciona o ecodopplercardiograma?
Antes de saber quando usar o ecodopplercardiograma veterinário, é bom entender melhor o seu funcionamento. Seu uso frequente acontece por conta de alguns dos seus benefícios. Os principais deles são o fato de que este é um procedimento indolor, não-invasivo, em tempo real e que não exige grandes preparações, tanto do médico quanto dos tutores.
O animal não precisa fazer jejum e pode ficar acordado. Além disso, o ecodopplercardiograma conta como uma alta taxa de precisão nos diagnósticos, permitindo que seja usado para fins de comparação com resultados de outros exames e confirmação de possíveis patologias.
A partir do ultrassom, o exame permite a análise do funcionamento das estruturas cardíacas, como a dimensão do coração, o funcionamento de todas as partes e a identificação da direção e da velocidade do fluxo sanguíneo nas cavidades do coração do animal examinado.
Como preparação, só é necessário que os médicos veterinários tirem os pelos da área a ser examinada no ultrassom. No campo das limitações, o ecodopplercardiograma perde sua eficácia em animais consideravelmente obesos ou agitados, onde as imagens não ficam claras.
Quais são as principais técnicas de ecodopplercardiograma?
Quando falamos sobre ser importante saber quando usar o ecodopplercardiograma veterinário, nós devemos citar as diferentes técnicas associadas ao exame. Elas se diferenciam nas imagens apresentadas, sendo indicadas para situações variadas. Ou seja: o tipo usado vai depender da indicação do veterinário.
As três principais técnicas são o doppler contínuo, o pulsado (ou espectral) e o colorido. Apesar das distinções entre elas (sobre as quais já falaremos abaixo), todas as técnicas cumprem o propósito de dar informações valiosas.
O doppler contínuo obtém a imagem do coração de maneira mais rápida, captando fluxos de qualquer velocidade. Apesar disso, ele não costuma ser indicado em situações onde o veterinário precisa observar detalhes de áreas específicas do órgão.
A solução para o problema do doppler contínuo é encontrada no modelo pulsado/espectral, o qual facilita a medição de uma área escolhida do coração.
Por fim, o doppler colorido entrega resultados mais específicos, sendo essencial para descobrir diversas cardiopatias.
Quando usar o ecodopplercardiograma veterinário?
Compreendido o que é esse exame, como ele funciona e quais são as suas principais técnicas, é chegado o momento de explicar quais são os seus usos. Isto é: em que tipo de situações um veterinário deverá realizá-lo?
As indicações são muitas, especialmente quando consideramos os lados positivos do exame. De maneira geral, pede-se um ecodopplercardiograma quando existe suspeita de doenças cardíacas, sejam elas congênitas ou adquiridas durante a vida de um cachorro ou gato.
Essa importância é amplificada quando consideramos que a maioria das cardiopatias são graves, mas silenciosas. Mesmo quando sintomas não aparecem, ao saber quando usar o ecodopplercardiograma veterinário de forma correta, é possível identificar tais doenças, de acordo com as suspeitas encontradas.
Situações específicas incluem a descoberta de insuficiência cardíaca, tumores no coração e pericárdio e como exame complementar. As informações entregues pelo estudo são bem mais completas do que aquelas do ultrassom bidimensional, mais tradicionalmente usado.
Por fim, o ecodopplercardiograma veterinário é essencial para avaliações pré-anestésicas, quando um veterinário busca informações antes de uma cirurgia. Caso o animal possua pré-condições de risco, ele pode ser requisitado durante checkups regulares.
Independentemente da situação para a qual o exame seja indicado, os conhecimentos do profissional da veterinária precisam estar afiados. Ao saber quando usar o ecodopplercardiograma veterinário, condições cardíacas podem ser identificadas e tratadas precocemente.
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